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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que é um pirata?


Para termos um melhor entendimento sobre o fenômeno da pirataria, tanto antiga quanto moderna, é necessário entendermos alguns termos que são utilizados para as pessoas que praticam roubos em alto mar. É importante dizer que na literatura existem diferentes palavras como piratas,corsários, flibusteiros, ladrones e privateer que descrevem as pessoas que realizam roubos em auto mar.

Apesar da definição de pirata ter mudado muito durante os anos, um pirata é a pessoa que rouba apenas para satisfazer os seus desejos materiais. Segundo Sérgio Pereira Couto em seu livro “A historia secreta dos pirata” a palavra pirata é uma palavra francesa do inicio do século XV e vem da palavra pirate. No dicionário Aurélio a palavra pirata vem com o seguinte significado “1. Bandido que cruza os mares só com o fito de roubar.”

Os piratas não consideram as ações de nenhum Estado e o seu único objetivo é obter as riquezas que os grandes navios mercantes carregam com o intuito de manter a sua própria sobrevivência. No livro “Pirates: Terror on the high Seas-From the Caribbean to the South China Sea”,David Cordingly deixa claro na introdução que roubar navios para sobreviver é a forma mais básica de pirataria.

Na pirataria antiga as riquezas que eram roubadas (butim) eram divididas entre a tripulação que realizava o ataque. Muitas vezes a parte que pertencia ao capitão, que era o responsável pelo navio, era gasta com o intuito de manter o navio nas melhores condições para realizar um novo ataque. Então o capitão do navio gastava uma parte do butim com a manutenção da embarcação, compra de armamento, comida e bebida.

Quando falamos em riquezas não estamos falando apenas em ouro ou em prata mais também podemos considerar as armas, a tripulação e até os próprios navios que eram roubados e incluídos na frota do capitão do navio pirata. Angus Konstam no livro “The Pirates Ship 1660-1730” diz que um navio poderia se tornar pirata de três maneiras diferentes: quando a tripulação faz um motim e transforma o navio em um navio pirata; quando o capitão e a tripulação de um navio decide atacar alvos que não foram destinados a aquele navio ou quando um navio pirata ataca e captura outro navio, assim o navio capturado vira um navio pirata.

Fontes:

BRYAN, Tony; KONSTAM, Angus. The Pirate Ship 1660-1730. Great Britain: Osprey Publishing, 2003

COUTO, Sergio Pereira. A história secreta dos piratas. São Paulo: Universo dos livros,2006.

CORDINGLY, David. Pirates: Terror on the high Seas-From the Caribbean to the South China Sea. London: World Publications Group, 2007.

FERREIRA,Aurélio. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S.A, 1986.

MARCHESE, Bruno Horvath. Pirataria marítima, um fenômeno histórico que afeta os Estados e suas relações, São Paulo, FAAP, 2009, 95p.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Elucidando a questão da pirataria marítima.


Com esses blog pretendo postar diversos artigos com o objetivo de elucidar as pessoas sobre a questão da pirataria marítima antiga e moderna.
Inicio este meu primeiro post falando um pouco sobre a ilusão que a indústria do entretenimento criou em relação a este fenômeno porque a pirataria é tratada na maioria das vezes de maneira errada.
A pirataria normalmente é retratada através de filmes, livros e músicas de maneira muito adversa porque eles mostram o pirata como sendo uma pessoa romântica, sedutora ou um bêbado cruel e sanguinário que vive diversas aventuras entre os sete mares.
Esta idéia esta tão fixa na cabeça das pessoas que é comum você encontrar algumas crianças brincando com roupas de piratas, simulando alguma das grandes aventuras que são retratadas nas obras.(principalmente nos filmes como por exemplo Piratas do Caribe). Outra prova dessa idéia errada que as pessoas tem sobre pirataria é que se nós perguntarmos para uma pessoa o nome de um pirata com certeza ela ira responder Capitão Gancho ou Jack Sparrow. Barba Negra pode ser uma boa resposta para esta pergunta, porém a pessoa respondera apenas pelo mito que se espalhou e não pela verdadeira história do Capitão Edward Teach.
Esta visão errada sobre o pirata acaba criando um problema de entendimento sobre o fenômeno da pirataria, o que reflete em uma maior dificuldade para o combate da pirataria moderna.