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terça-feira, 21 de junho de 2011

Pirataria marítima no Brasil.

A maioria das pessoas acham que o Brasil esta livre da pirataria marítima ou que este fenômeno não acontece em nosso pais, porém a realidade é muito diferente e irei dedicar este artigo para demonstrar o tamanho dessa atividade dentro do Brasil.

Devemos nos lembrar que o Brasil tem aproximadamente 7.367 quilômetros de linha costeira, sendo uma das maiores costas do mundo, o que é bom para o desenvolvimento econômico do pais, porém tal característica pode ser extremamente desfavorável no âmbito da segurança interna e na organização portuária.

Vale salientar que segundo a Interpol o Brasil é o terceiro pais que mais favorece o crescimento e o desenvolvimento do crime organizado e é considerado um dos maiores e melhores lugares para a exportação de drogas, como a cocaína, para a Europa e Estados Unidos, isso acontece porque no Brasil existe um grande problema de segurança portuária e corrupção governamental o que criou um ambiente propicio para as ações dos piratas, que foram muito constantes nos anos 90.

Em 1995 ocorreram 17 ataques segundo o International Maritime Organization, neste mesmo ano devido ao auto índice de ataques e a demonstração de fragilidade da segurança interna foi decretado uma Comissão Nacional Publica da Segurança nos portos, terminais e vias marinhas, tal Comissão tinha o objetivo de obter diversas informações sobre as ações ilegais que estava acontecendo nas águas territoriais do Brasil e realizar algumas manobras de patrulhamento visando o desaparecimento da pirataria marítima.

Tal comissão não obteve muito resultado e o porto de Santos e do Rio de Janeiro ainda são considerados dois portos perigosos, principalmente o porto de Santos que em 2001 teve um aumento nos índices de ataques aos navios que carregam containeres.

Esta atividade também acontece em diversos rios do Brasil, por exemplo no rio Marajó, no estado do Pará (Região Norte do Brasil) foram contabilizados em média 65 assaltos por mês em 2008 quando não existia nenhum tipo de embarcação para realizar a segurança, com algumas lanchas improvisadas este número caiu para 30 assaltos por mês.

Apesar de acontecer alguns esforços para minimizar o número de ataques, é difícil de se pensar que o Brasil ira reduzir o número de ataques sofridos de uma maneira drástica utilizando apenas algumas lanchas. Na verdade para que esta atividade seja combatida é necessário que o Brasil se engaje em um organismo multilateral que seja específico para o combate da pirataria marítima, apenas dessa forma nós poderemos elaborar uma ação especifica e eficiente para combater a pirataria marítima.

Fontes:

GOTTSCHALK, Jack; FLANAGAN, Brian. Jolly Roger with an Uzi: the rize and the threat of modern piracy. Annapolis: Naval Institute Press,2000.

MURPHY, Martin N. Small boats, weak states, dirty money: Piracy and maritime terrorism in the modern world. New York: Columbia University Press, 2010.