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quinta-feira, 29 de março de 2012

Pirataria marítima na América do Sul.

Apesar de não ser um dos principais pontos onde ocorre a pirataria marítima, a América do sul também é afetada por este fenômeno. Concentrado em países como Peru, Uruguai, Brasil, Colômbia, Jamaica e Venezuela os ataques são realizados quando os navios estão ancorando e durante o transporte realizado nos rios, sendo os principais alvos os navios petroleiros, os navios que carregam contêineres e as balsas que fazem o transporte de mercadorias pelas hidrovias da região.

Entre 1997 e 2002 as águas do Equador apresentaram cerca de um ataque por mês e isso aconteceu nos arredores da cidade de Guayaquil onde o governo é fraco e o nível de corrupção é muito alto facilitando assim as ações dos piratas.

A pirataria marítima é um problema de segurança brasileira desde 1995 quando foram registrados 17 ataques, a situação piorou na metade do ano 2000 quando os números de ataques a navios contêineres aumentou drasticamente no porto de Santos e em 2001 quando o navegador Peter Blake foi morto em um porto na Amazônia. Tais fatos fizeram com que o IMO (International Maritime Organization) pressionasse o governo federal para que a segurança marítima fosse reforçada, principalmente nos portos do Rio de Janeiro e Santos onde a corrupção predomina. Com algumas ações tomadas pelo governo brasileiro os ataques diminuíram e foram realizados apenas três assaltos em 2005 e sete ataques em 2006.

Desde 2003 os ataques no porto de Kingston na Jamaica tornaram-se violentos e freqüentes isso fez com que o IMB (International Maritime Bureau) a partir de 2006 considerasse este local como um dos principais pontos das ações dos piratas no mundo.

Existem registros de ações dos piratas no Suriname e na Guiana, os alvos normalmente são os pescadores locais e vale destacar que os ataques realizados nesta região são extremamente violentos.

Na costa entre a Venezuela e a Colômbia os principais alvos são os iates que são abordados ao ancorar, principalmente nos portos de Maracaíbo, Cartagena e Barranquilla.

Apesar do baixo índice de ataques podemos perceber que eles acontecem em diversos Estados da região e é importante que os governos se conscientizem para que dessa maneira eles possam realizar algumas ações multilaterais tendo como objetivo o extermínio da atividade na região.


Legenda:Ataques realizados em 2012 na América do Sul.


Fonte:

GOTTSCHALK, Jack; FLANAGAN, Brian. Jolly Roger with an Uzi: the rize and the threat of modern piracy. Annapolis: Naval Institute Press,2000.

INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE.IMB Piracy & Armed Robbery Map 2012. Disposto em http://www.icc-ccs.org/piracy-reporting-centre/imb-live-piracy-map. Acesso em 29/03/2012

MURPHY, Martin N. Small boats, weak states, dirty money: Piracy and maritime terrorism in the modern world. New York: Columbia University Press, 2010.