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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Piratas Etruscos

Após algum tempo sem postar novidades venho através deste fornecer algumas informações para todos os pesquisadores e entusiastas de história marítima, pirataria ou historia em geral.
Ao visitar o Museo del mare e della navigazione antica na cidade de Santa Severa tive a oportunidade de colher informações raras e de difícil acesso sobre este povo que habitou a Itália séculos atrás e acho de bom grado tornar-las públicas. Para garantir a livre interpretação e utilização do material irei disponibiliza-lo na integra em inglês como se encontra no museu. Segue texto:




The Etruscans on the sea: the pirates of the tyrrhenian sea.

"... Etruscan power before Roman supremacy was wide-spread both far on the land and o the sea.
The names given to upper and lower seas that enclose Italy like an island can be considered as an evidence of such power.
The peoples of italy gave the name of Etruscan to one sea,  like the name of the inhabitants of that place; the other sea was named Adriatic, like the Etruscan colony, Adria. Then the Greeks named the tw o seas Tyrrhenian and Adriatic".

This passage taken from the Chronicles by Titus Livy clarifies the importance of Etruscan naval supremacy in the period between the 9th and the 3rd century BC.
Another Roman author, Cato, wrote that in more ancient times, "... nearly all Italy was subject to Etruscan power ...".
However, Greek writers do not date Etruscan naval supremacy back as far in epic times as Roman historians do.
Greek writers generally consider the Tyrrenian people to be pirates or buccaneers in the "hottest" places of the Tyrrhenian sea, like the triangle delimited by Elba, Corsica and Italian coast or the area of the Straits of Messina, significant places for the intense trading of Greek goods.
We do not know exactly how, but Etruscan fleets dominated the sea. This supremacy was know as "thalassocracy" and was interrupted, but not destroyed, during the naval battle of Cuma, in Campania, in 474 BC.
We should recondiser the bad reputation that later Greek historians assigned to Etruscan "pirates".
In the 5th century BC, Thucydides wrotes:

"... in ancient times, when sea trading started to intesify, Greeks and barbarians who lived along the continent and island coasts used to undertake acts of piracy. The commanders were strong men who strove to get gains for themselves and for their peoples. They appeared out of the blue to plunder the cities without defence and protectives walls, or the peoples living in isolated villages. Often these actions were the only source of subsitence for them. In those times acts of piracy were not consdered shameful. On the contrary, they were considered as glorius acts and to this day some peoples on the continent are proud of their acts of piracy. Ancient poets confirm this as well: everywhere their heroes land, they are always asked the same question: "Are you pirates?" Those who are asked such a question do not consider such a pratice as shameful and those who ask such a question do not consider such a pratice as disgraceful. On the mainland acts of piracy were as common as they are still nowdays in many regions of Greece some peoples still live like in ancient times, such as those of Locri Ozoli, Etoli and Acarnani."

Hellinic historians consider the equation of Tyrrhenians with pirates, as preveiling particularly from 4th century BC onwards when Etruscans made acts of piracy on the seas, both as an activity related to trading on the sea and as the organized expansionist policy that originated from Etruscan regions in ancient times and from the aristocratic society oh the 7th century BC as well as the urban society of the 6th century BC.

FONTE: 

Santa Severa: Museo del mare e della navigazione antica, 2017





sábado, 17 de outubro de 2015

E agora quem poderá nos defender??

  


                                                                         Sim são eles!

Uma das forças mais letais do mundo e mais treinadas pertence a marinha brasileira e são eles os responsáveis por nos proteger no ambiente marinho.
Localizado na ilha de Mocangue no Rio de Janeiro e fundado no ano de 1974 o GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate) é uma unidade de operações especiais que atualmente conta com a força de 192 soldados altamente treinados que tem como objetivo apoiar lançamento de torpedos, realizar ataques a navios, participar de ações na Amazônia, retomada de navios, plataforma de petróleo e outras tarefas que incluem invasão e infiltração em praias. Tal unidade é subdividida em 4 divisões sendo 3 delas responsáveis por operações de reconhecimento e infiltração e uma delas responsável por resgates, o GERR-MEC.
O GERR-MEC (Grupo Especial de Retomada e Resgate do Grupamento de Mergulhadores de Combate) foi fundado em 1985 e eles são treinados especificamente para atuar em plataformas de petróleo, no Pre-Sal e na retomada e neutralização de navios que foram roubados ou seja navios que foram vitimas de piratas. Para atuar nessa divisão o soldado tem que ter uma experiência que varia entre três e quatro anos dentro do GRUMEC.


Para os que querem fazer parte desta elite mundial é necessário fazer a escola de Aprendiz de Marinheiro, Escola Naval ou fazer parte da Armada e não pertencer aos Fuzileiros navais. Além disso você deve passar pelas 4 fases do curso que tem a duração de  41 semanas é considerado um dos treinamentos mais rígidos do pais. ( Em media a cada 20 inscritos apenas 6 conseguem concluir o curso sendo que em alguns anos nenhum candidato conseguiu se formar). Boa sorte!



FONTE...



http://www.defesanet.com.br/cfn/noticia/13296/GERR-MEC----Grupo-Especial-de-Retomada-e-Resgate--do-Grupamento-de-Mergulhadores-de-Combate/

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A pirataria no Oriente Médio, um breve paragrafo.

Desde que eu comecei a estudar a pirataria marítima percebi que ela esteve e  sempre estará presente na maioria das atividades comerciais do mundo  independente do período, do quanto os governos consideram esta atividade importante ou o quanto o comércio é desenvolvido.

Hoje estava relendo algumas partes do livro “O Oriente médio” do grande Bernard Lewis e me deparei com uma parte a qual ele esta descrevendo o comércio no Oriente médio no século XIII e por mais que eu saiba que esta atividade esteve presente neste período, o autor da uma importância muito importante para a pirataria marítima, por isso resolvi compartilhar com vocês.

”Ambos os tipos de viagens eram perigosos..primeiro ameaçado por bandidos e salteadores, o segundo, por piratas. E ambos lentos e difíceis. E também caros, embora a viagem por mar ou vias fluviais fosse mais barata. Por todas esses razoes, o comercio de longa distancia era, de modo geral, limitado a uma faixa estreita de mercadorias, de preços suficientemente alto para justificar os riscos de tal atividade”(LEWIS, Bernard;1996,p160).

Realmente o que falta é consciência para aprendermos um pouco mais sobre essa atividade. Esta é apenas mais uma prova do quanto esta atividade esta realmente ligada a historia do mundo que vivemos hoje em dia.


Fonte. LEWIS, Bernard. O Oriente Médio, Do advento do cristianismo aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1996.  

sábado, 3 de janeiro de 2015

INTERPOL e a pirataria maritima.

Apesar de ter feito poucas pesquisas sobre pirataria marítima na internet nos últimos tempos eu sempre estou lendo alguns livros para não ficar totalmente desatualizado com o tema.
Hoje ao iniciar uma pesquisa me deparei que o site da INTERPOL resolveu dar uma importância para este tema. No inicio das minhas pesquisas não existia nada no site deles em relação a este tema, isso mostra que os organismos internacionais estão dando uma importância cada vez maior para a pirataria marítima,  tal reconhecimento vai ajudar muito nas pesquisas e no conhecimento do tema em questão. Segue uma resenha:

Pirataria marítima.

O grande numero de ataques principalmente no Golfo de Aden, Somalia e no oceano indico estão crescendo nos últimos anos e esta sendo cada vez mais difícil de combater pois tais Estados estão localizados em uma região marítima muito vasta.
Os danos não são apenas para o comercio internacional que perde milhões de dólares com os ataques e com o combate há pirataria mas também para as pessoas que vivem das atividades marítimas como pescadores, tripulação dos navios e ate os habitantes de tais regiões onde acontecem os ataques. 
Segundo o site, grande parte do dinheiro conseguido pelos piratas são revertidos para os seus financiadores que agem dentro do território.
Um dos desafios da INTERPOL é conseguir mapear o fluxo de dinheiro que os piratas conseguem e para isso eles agem em três principais áreas trabalhando junto com a comunidade internacional:
Improvisando as evidencias coletadas ou seja eles dão o treinamento necessário para que a comunidade internacional tenha a possibilidade de coletar o maior numero de dados com a melhor qualidade possível para que este fenômeno possa ser realmente mapeado. Junto a isso eles estão criando o Global Database on Maritime Piracy que será possível interligar todas as comunicações feitas entre os piratas. Isso ira ajudar a identificar os valores perdidos de uma maneira mais precisa e identificar quais as pessoas por traz dessa atividade
Facilitando a troca de informações entre as nações, os navios que foram vitimas dos piratas e a marinha que capturou algum deles, tudo isso a fim de ajudar no rastreamento de alguma embarcação suspeita.
E pro fim ele pretendem trabalhar em parceria com diversos organismos internacionais como por exemplo United Nations, International Maritime Organization, Baltic and International Maritime Council, European Union, Europol, Eurojust, African Union pois este é um fenômeno global que exige uma ação em conjunto para ser combatida.

Com o reconhecimento da pirataria marítima como um fenômeno global e histórico, os estudos e analises dos organismos internacionais e com as ações das diferentes marinhas sera cada vez mais fácil de mapearmos as ações, o fluxo financeiro e o perfil dos lugares e pessoas que praticam a pirataria marítima.






terça-feira, 5 de junho de 2012

O fim da Era de ouro.

Não tenho como objetivo dar todas as características da Era de Ouro da pirataria marítima apenas em um post pois esta época merece ser tratada com toda atenção, estudarei este período na minha monografia. Pretendo escrever apenas um breve comentário para que os leitores e curiosos possam ter uma noção do que aconteceu neste período e dar possível explicação de  como este período chegou ao fim.(fato que sempre me trouxe muita dificuldade para explicar e é o principal material deste artigo).

 A chamada Idade de ouro da pirataria marítima ocorreu entre a segunda metade do século XVII até 1730 e foi caracterizado pela grande quantidade de ataques piratas no Mar Mediterrâneo e principalmente no Caribe, suas ações nos mares do Caribe ficaram tão famosos que a maioria das representações cinematográficas atuais representam esta época. Neste período os piratas conseguiram exercer um grande influencia nos governos, chegando a formar verdadeiros “paraísos” onde eles poderiam navegar livremente sem se preocupar em ser atacados por alguns navios de guerra, chamados de Man of war esses navios eram muito maiores que os navios piratas e eram mandados para as águas mais perigosas do globo tendo como objetivo apenas a capturas dos piratas que agiam em tal região.

Um dos locais mais famosos que abrigavam os piratas foi a cidade de Port Royal na Jamaica, isto aconteceu pois o governador deste pais ignorava a presença desses ladrões, que não atrapalhavam a economia do local, e ainda contava com a ajuda da Inglaterra que incentivava esta pratica distribuído diversas cartas de corso para que os corsários pudessem roubar os navios espanhóis. Este período causou um grande prejuízo nas economias da Holanda, França e Espanha pois os piratas dominavam as principais rotas comerciais dessa época e os custos para garantir a segurança total das embarcações mercantis eram muito autos.

 Não existe uma bibliografia especializada dizendo qual foi o verdadeiro motivo para o fim da Era de Ouro da pirataria marítima, porém após realizar uma pesquisa consegui encontrar um trecho de um livro que traz um explicação satisfatória e gostaria de compartilhar com todos os leitores esta informação rara e importante.

 A Era de ouro da pirataria marítima começou a ter um fim por volta de 1720 quando a marinha inglesa começou a realizar diversas patrulhas na região do Caribe, isto fez com que Port Royal se tornasse um local perigoso para os piratas. A presença dos piratas foi praticamente extinta desta região do planeta quando dois piratas famosos, Charles Vane e “Calico” Jack Rackham, foram capturados e mortos. O fim desta Era chegou realmente ao fim após a morte do Barba Negra (Edward Teach) na cidade de Ocracoke, Carolina do Norte.(FRICK In HABERFELD; HASSEL,2009;109-110).



 
    Em branco podemos localizar Ocracoke, as Ilhas Providencia, Port Royal, Tortuga e a ilha de Hispaniola, locais muito importante para a  história da pirataria marítima.


 Fontes:

 COUTO, Sergio Pereira. A história secreta dos piratas. São Paulo: Universo dos livros,2006. 

HABERFELD,M.R.;HASSEL, Agostino Von. Modern Piracy and Maritime Terrorism: The Challenge of Piracy for the 21st Century. Duduque: Kendall Hunt publishing company, 2009. 

JOHNSON, Charles. Piratas: Uma história geral dos roubos e crimes de piratas famosos: A política interna, a disciplina de bordo, as façanhas e aventuras de 19 criminosos célebres da Era de Ouro da pirataria (1717-1724). Porto Alegre: Artes e Ofícios ,2004.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Pirataria marítima na América do Sul.

Apesar de não ser um dos principais pontos onde ocorre a pirataria marítima, a América do sul também é afetada por este fenômeno. Concentrado em países como Peru, Uruguai, Brasil, Colômbia, Jamaica e Venezuela os ataques são realizados quando os navios estão ancorando e durante o transporte realizado nos rios, sendo os principais alvos os navios petroleiros, os navios que carregam contêineres e as balsas que fazem o transporte de mercadorias pelas hidrovias da região.

Entre 1997 e 2002 as águas do Equador apresentaram cerca de um ataque por mês e isso aconteceu nos arredores da cidade de Guayaquil onde o governo é fraco e o nível de corrupção é muito alto facilitando assim as ações dos piratas.

A pirataria marítima é um problema de segurança brasileira desde 1995 quando foram registrados 17 ataques, a situação piorou na metade do ano 2000 quando os números de ataques a navios contêineres aumentou drasticamente no porto de Santos e em 2001 quando o navegador Peter Blake foi morto em um porto na Amazônia. Tais fatos fizeram com que o IMO (International Maritime Organization) pressionasse o governo federal para que a segurança marítima fosse reforçada, principalmente nos portos do Rio de Janeiro e Santos onde a corrupção predomina. Com algumas ações tomadas pelo governo brasileiro os ataques diminuíram e foram realizados apenas três assaltos em 2005 e sete ataques em 2006.

Desde 2003 os ataques no porto de Kingston na Jamaica tornaram-se violentos e freqüentes isso fez com que o IMB (International Maritime Bureau) a partir de 2006 considerasse este local como um dos principais pontos das ações dos piratas no mundo.

Existem registros de ações dos piratas no Suriname e na Guiana, os alvos normalmente são os pescadores locais e vale destacar que os ataques realizados nesta região são extremamente violentos.

Na costa entre a Venezuela e a Colômbia os principais alvos são os iates que são abordados ao ancorar, principalmente nos portos de Maracaíbo, Cartagena e Barranquilla.

Apesar do baixo índice de ataques podemos perceber que eles acontecem em diversos Estados da região e é importante que os governos se conscientizem para que dessa maneira eles possam realizar algumas ações multilaterais tendo como objetivo o extermínio da atividade na região.


Legenda:Ataques realizados em 2012 na América do Sul.


Fonte:

GOTTSCHALK, Jack; FLANAGAN, Brian. Jolly Roger with an Uzi: the rize and the threat of modern piracy. Annapolis: Naval Institute Press,2000.

INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE.IMB Piracy & Armed Robbery Map 2012. Disposto em http://www.icc-ccs.org/piracy-reporting-centre/imb-live-piracy-map. Acesso em 29/03/2012

MURPHY, Martin N. Small boats, weak states, dirty money: Piracy and maritime terrorism in the modern world. New York: Columbia University Press, 2010.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pirataria no Índico faz Regata Volta ao Mundo mudar regras e apelar para navio armado




O problema da pirataria marítima não atinge apenas os governos e a economia mundial, agora a preocupação é com os esportes aquáticos.

Uma das maiores provas de vela do mundo teve que ser refeita e reavaliada pelos seus organizadores pois os barcos que estão envolvidos nessa competição iriam passar pelas águas as quais os piratas somalis agem, isso fez com que os organizadores dessa prova tivessem que contratar um serviço especializado para transportar os barcos nas águas que são consideradas perigosas para a realização da prova.

Os barcos que participam dessa prova são os mais rápidos do mundo por isso a preocupação é muito grande, para os amantes desse esporte esta corrida é considerada a Formula 1 das corridas oceânicas.

Para evitar que algo aconteça devido as ações dos piratas, os barcos serão transportados dentro de um cargueiro até um porto seguro e secreto e de lá seguirão para Abu Dabi onde a prova deverá ser concluída.

“Segundo uma consultoria contratada pela regata, 1181 navegadores foram sequestrados por piratas só no ano passado. Calcula-se que, no mesmo período, mais de US$ 150 milhões tenham sido pagos em resgates.”

A organização pretende não ter nenhum problema com a pirataria porém é valido lembrar que o planejamento deve ser muito bem feito para que os ataques não aconteçam e que a prova possa ser finalizada com a maior segurança possível.


Fonte: http://sobreasaguas.blog.uol.com.br/arch2011-12-04_2011-12-10.html#2011_12-08_12_01_00-165753517-0