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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Entre corsários e bucaneiros.


Já expliquei especificamente o que é um pirata porém como disse os autores utilizam diferentes denominação para o ato de roubar navios e neste poste explicarei alguns desses termos que são muito úteis quando se trata de assalto a navios.

Iniciarei escrevendo sobre os corsários. A palavra corsário vem do latim medieval cursarius que acabou sofrendo algumas modificações e transformou-se na palavra espanhola corsário.

As ações dos corsários eram muito parecidas com as ações dos piratas. A autora Shelley Klein em seu livro “Os piratas mais perversos da historia” diz que a única diferença entre um corsário e um pirata era que o corsário levava com ele uma carta de corso.

Este documento era emitido por um governante e nele estava escrito que tal capitão poderia atacar o navio mercante de determinado Estado e caso ele fosse capturado este capitão e a sua tripulação não poderia ser julgada como um pirata segundo o direito internacional. Pode-se concluir que este era um pacto bom para os dois lados. Para os Estados que utilizavam os corsários para obter enriquecer de uma forma ilegal e para os capitães dos navios que poderiam ganhar dinheiro sem correr o risco de acabar sendo presos pelo resto da vida ou enforcados em um cais.

A seguir disponibilizarei um trecho de uma carta de corso, dada ao navio Liverpool no dia 19 de novembro de 1812 o qual era comandado pelo capitão Caleb Seely, encontrada no livro “Os piratas do século 21: Terror nos mares” do autor Daniel Sekulich:

“... uma Carta de Corso e represálias emitidas pela Alta Corte do Almirantado para o comandante Caleb Seely do Liverpool Packet Burthern com cerca de 67 toneladas, cinco canhões para projéteis de 12,6 e 4 libras de peso e tripulada por trinta homens. O mencionado Caleb Seely é comandante para apreender, seqüestrar e tomar navios, embarcações e bens pertencentes aos Estados Unidos da América ou a quaisquer pessoas súditas da França, segundo autorização e instrução supramencionadas de Sua Majestade”

Um termo muito encontrado nos livros é o termo “privateer” que é utilizado quando um governo dava a autorização de um navio particular a atacar outros navios. Normalmente os governos utilizavam esta tática para destruir os navios inimigos, muitas vezes a pilhagem ficava com o próprio dono do navio, o Estado estava realmente interessado em diminuir o poder naval de um outro Estado.

Outro denominação muito utilizada é a palavra bucaneiro, que tem a sua origem no francês boucan que significa churrasco. Os bucaneiros eram os piratas que roubavam os navios nas Antilhas nos séculos XVI e XVII, eles receberam esta denominação porque eles se alimentavam de alguns animais selvagens que viviam nessas ilhas, principal mente dos porcos selvagens que eram assados e curados.

O termo flibusteiro é muito pouco utilizado, porém existe e é utilizado pelos autores para identificar os ladrões que agiam na América entre os séculos XVII e XVIII. Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira de 1986 o termo flibusteiro vem ““Do hol. Vrijbuiter, pelo ingl. Freebooter e pelo fr. Fribustier, flibustier.”

Vale ressaltar que a pirataria não é um fenômeno que acontece apenas nos mares da América e no mar Mediterrâneo. Apesar de não ter mais encontrado esta palavra em nenhum livro, a autora Shelley Klein chama os piratas chineses da antiguidade de ladrones no livro “Os piratas mais perversos da historia”.

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